Atenção

Se você que mora aqui Brasil resolveu plantar seu próprio fumo, tenha em mente que apesar da lei estar um pouco mais branda, você pode ser confundido com um traficante e arrumar um belo problema para sua vida.

Veja a lei que regulamenta o cultivo no Brasil:
LEI Nº11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm

Mas se mesmo assim você optou pelo cultivo de subsistência, tenha consciência de que o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Você passará por dificuldades, decepções e algumas vezes o fracasso total. Não se aflija, foi assim com todos, estude e aprofunde-se cada vez mais. Com perseverança e muito trabalho você terá boas colheitas.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Uso medicinal da maconha confunde até especialistas!!




Até o início do século 20, a maconha era considerada um excelente medicamento, quase uma divindade
O uso medicinal da maconha já é realidade em diversos países, como Canadá, Holanda, França e Reino Unido. Nos Estados Unidos, a utilização de medicamentos à base dos princípios ativos da planta também é permitida, mas está restrita a 20 Estados e ao Distrito de Columbia. A pioneira no país é a Califórnia, que desde 1996 aprova o uso dessas drogas para tratar pacientes com Aids, câncer, esclerose múltipla e outros distúrbios.

Atualmente, há pesquisadores dos mais diversos países estudando a ação terapêutica da Cannabis sativa. O médico especialista em psicofarmacologia Elisaldo Carlini é um deles. Criador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também é professor titular, Carlini vem investigando o assunto há mais de 50 anos.

"Até o início do século 20, a maconha era considerada um excelente medicamento, uma divindade. O médico da rainha Vitória, do Reino Unido, divulgava isso publicamente. Os brasileiros também podiam comprar em farmácias cigarros de maconha importados da França", conta o especialista.

Foi na década de 1920 que se deu a transição. "De medicamento poderoso, a maconha se transformou na erva maldita", aponta. O encontro da Liga das Nações, realizado em 1925 com a participação de 44 países, marcou essa transformação. Na ocasião, o representante brasileiro fez um discurso sobre os perigos da maconha, comparando-a ao ópio. "É claro que isso não é verdade, mas a Liga das Nações acabou condenando a maconha", esclarece.

Mais pra frente, na década de 1960, a Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a Cannabis como uma droga particularmente perigosa. "Tudo isso foi feito com base ideológica, nunca científica", enfatiza.
   
Uso recreativo x uso medicinal

Os países que liberaram a venda de medicamentos contendo os princípios ativos da maconha, incluindo o delta-9-tetraidrocanabinol (delta-9-THC), o principal dentre eles, se basearam em estudos científicos que evidenciaram os benefícios terapêuticos da planta.

Mas como qualquer droga, a Cannabis tem efeitos tóxicos dependendo da forma e da quantidade em que for administrada. Por essa razão, o uso recreativo da maconha, aprovado no Uruguai e nos estados americanos de Washington e Colorado, é desaconselhado pelos médicos.

Sabe-se que o cérebro possui receptores específicos para interagir com delta-9-THC. Na década de 1990, os cientistas também descobriram que o organismo produz uma substância que age sobre esses receptores, a anandamida, que seria como uma maconha endógena. Juntos, eles compõem o sistema canabinoide.

Carlini explica que há hipóteses de que uma alteração nesse sistema, causada eventualmente pelo uso da maconha, poderia provocar distúrbios mentais, embora isso ainda precise ser mais investigado.

O consumo irrestrito da droga também é preocupante porque há indícios de que ela pode afetar transitoriamente a memória e até piorar quadros psicóticos, como explica o médico psiquiatra Ricardo A. Amaral, professor colaborador do Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
O que pensam os brasileiros!!

Em uma pesquisa realizada recentemente, 57% dos brasileiros entrevistados disseram que são favoráveis a legalização da venda da maconha para fins medicinais. O levantamento foi realizado pela empresa Expertise e consultou 1.259 pessoas pela internet no mês de janeiro.

Atualmente, há uma proposta tramitando no Senado para legalizar o consumo da maconha para todas as finalidades. Ela foi sugerida por um gestor da área da saúde e será relatada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Mais 20 mil internautas apoiaram a iniciativa, que será debatida em audiências na Comissão de Direitos Humanos.

Apesar disso, Amaral acredita que a comunidade médica, de maneira geral, não está preparada para fazer uso medicinal da planta. "Esse tema nunca fez parte do curso regular de medicina", afirma. Segundo o médico, os interessados no tema têm de recorrer à literatura existente e aos relatos escritos. "A realidade do uso medicinal de canabinoides está mais próxima do que muitos imaginam. Mas, infelizmente, até pesquisadores experientes confundem isso com o uso recreativo da planta", declara.

Fonte Uol. 

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